Se o que me faz buscar a melhor solução é eu me colocar no lugar do outro para entender sua necessidade, tá fácil. Eu realizo essa simulação e pronto. Será que isso é empatia?
Talvez esse
seja um exercício imaginativo bastante rico, porém distante do que é
fundamental para eu, efetivamente, reconhecer
a emoção do outro.
Ouvir o
outro com a intenção de entender literalmente
o que está sendo dito é ouvir com o intuito de entender as frases que estão
sendo pronunciadas, que é completamente diferente do ouvir para captar o significado e as emoções envolvidas no contexto.
A busca pela
compreensão do outro não deve esbarrar em nossas crenças pessoais. Dessa
maneira, eu imagino o outro a partir das minhas próprias emoções e convicções. Se
eu ouço meu cliente com a intenção de esclarecê-lo ou de convencê-lo, já não
houve empatia.
O ganho secundário de empatizar é o desprendimento gradual de nossos -muitas vezes rígidos- padrões. Tendemos a uma repetição quase que compulsiva, que pode ser aplacada, quando eu descubro o que está “dentro” do outro e, consequentemente, acesso minha “matéria-prima” inconsciente.
O ganho secundário de empatizar é o desprendimento gradual de nossos -muitas vezes rígidos- padrões. Tendemos a uma repetição quase que compulsiva, que pode ser aplacada, quando eu descubro o que está “dentro” do outro e, consequentemente, acesso minha “matéria-prima” inconsciente.
Empatizar não é misturar-se ao outro. Empatizar
é sintonizar-se com o outro. Mas isso só é possível, se você também buscar essa
sintonia com seus próprios desejos e emoções. Só assim, será possível saber se
quem está falando é o seu cliente e quem
é que o está escutando.