Alice foi caindo vagarosamente...tão devagar que houve tempo para pensar em todas as etapas que havia vivido desde o momento de seu nascimento: simples identificação dos produtos; restrição ao universo do consumo; consolidação do consumo como prática cultural; momentos de glória onde se dava ao luxo e prazer de comunicar aquilo que ELA achasse interessante; mídias de massa; crises econômicas; críticas severas aos discursos das marcas; consumidores desconfiados; a internet...ah...a internet...Os grupos de referência foram sendo substituídos pela comparação universal; o poder passando para as mãos da sociedade; nada durando muito tempo; consumir por consumir tornando-se monótono; muitas ofertas não mais despertando maravilhamento, mas desconforto; novas crises econômicas; mais dúvidas quanto ao conteúdo dos discursos das marcas; sua influência abrangendo não só os mercados, mas a sociedade em todas as suas esferas, e esta onipresença passando a incomodar; os consumidores querendo participar da construção de suas estratégias...O que???? Ela ainda não havia conseguido se convercer de que o caminho colaborativo era irreversível. Isso não!!!
Neste momento, Alice terminou sua queda e precisava descobrir por onde prosseguir na busca pelo Pós-Tardio.
Continua...
